Jornada de Justiça e Cidadania leva palestras a 3 mil estudantes da rede pública
Para contribuir com o desenvolvimento da população infanto-juvenil, possibilitando a esta o conhecimento acerca dos principais direitos, deveres e garantias previstas na Constituição Federal, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) deu início nesta semana, no bairro Cidade de Deus, zona Norte de Manaus, à Jornada de Justiça e Cidadania. Com a iniciativa, palestras sobre temas diversas serão ministradas em cinco escolas públicas estaduais da capital beneficiando 3 mil estudantes. A atividade tem a parceria de várias instituições.
Projetada pela Coordenadoria da Infância e da Juventude da Corte Estadual, a Jornada foi iniciada na última segunda-feira (19) com a realização de 13 palestras direcionadas a 560 estudantes da escola estadual Letício de Campos, localizada na rua das Colhereiras, s/nº, bairro Cidade de Deus.
Ministradas em linguagem apropriada para o público infanto-juvenil, as palestras foram aplicadas por técnicos e formadores especializados de instituições como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM), Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE), Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), Polícia Militar do Amazonas, Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran) e Secretaria de Estado de Ação Social (Seas).
Conforme a titular do Juizado da Infância e Juventude Cível e coordenadora da Infância e Juventude do TJAM, juíza de Direito Rebeca de Mendonça Lima, para que a Jornada tenha êxito nos objetivos pretendidos, seus idealizadores elencaram temas que fazem parte do cotidiano do público infanto-juvenil. “As palestras tratarão de temas como: bullying, prevenção à gravidez na adolescência, combate à exploração do trabalho infantil, alimentação saudável na adolescência, relacionamento interpessoal e no trânsito, combate à violência, enfrentamento ao tráfico de pessoas, Direitos da criança e do adolescente, dentre outros”, informou a magistrada.
A juíza Rebeca de Mendonça Lima explicou que estrategicamente optou-se por realizar este trabalho de formação em escolas. “Considerando sua função de educar para a cidadania, a escola é um espaço privilegiado de contato com a comunidade e de disseminação do conhecimento de modo mais amplo. Optamos por realizar a Jornada em unidades de ensino por este motivo e por acreditar que os jovens serão receptivos aos temas e serão multiplicadores das informações e instruções que serão repassadas durante as atividades”, mencionou a juíza coordenadora da Infância e Juventude do TJAM.
Alerta
Para o defensor público da Infância e da Juventude, Mário Lima Wu Filho, a Jornada tem a intenção de alertar para os altos índices brasileiros de violação aos direitos da criança e do adolescente, demonstrando a este público que há uma rede em funcionamento para o atendimento a suas demandas. “Precisamos mudar as estatísticas que demonstram a grande incidência de violação dos direitos da criança e do adolescente e que revelam que centenas de casos são registrados no próprio ambiente familiar. Com este trabalho realizado nas escolas, queremos que os adolescentes saibam que existe uma rede organizada para acolhê-los e atendê-los em suas necessidades”, afirmou o defensor público.
Mário Filho destacou, ainda, que a Jornada de Justiça e Cidadania atende ao que é recomendado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Organização das Nações Unidas (ONU). “Todo este esforço, atende à recomendação de que os jovens expressem suas opiniões e tenham participação naquilo que lhes diz respeito”, acrescentou.
A gestora da escola estadual Letício de Campos, Áurea Gomes, afirmou que a Jornada reforça o trabalho social desenvolvido pela unidade de ensino. “Nossos jovens, como tantos outros, são carentes de informação, de afeto e de acompanhamento familiar. Esta atividade veio se somar ao nosso trabalho diário por meio do qual procuramos trabalhar estas questões para garantir a eles o desenvolvimento pleno”, destacou a gestora escolar.
Aprendizado
Ao acompanhar às palestras, a estudante do 7º ano do ensino fundamental, Carla de Oliveira, 15, evidenciou a importância das instruções repassadas. “Principalmente as questões que trataram sobre violência física e verbal, como o bullying. Foram orientações divulgadas em linguagem clara e que servirão para nos resguardar”, disse a jovem.
Conforme cronograma, a Jornada de Justiça e Cidadania coordenada pelo TJAM terá continuidade na terça-feira (20), na escola estadual Vasco Vasques (bairro Jorge Teixeira); na quarta-feira (21) será a vez da escola estadual Estelita Tapajós (bairro Educandos); na quinta-feira (22), da escola estadual Francisco Albuquerque (centro) e na sexta-feira (23), a programação será levada à escola estadual Eldah Bitton (bairro Compensa).
Com informações da Assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).
Texto e fotos: Afonso Júnior | TJAM