No dia do professor, educadores amazonenses destacam a importância social do magistério
No dia 15 de outubro é comemorado nacionalmente o Dia do Professor. No Amazonas, histórias de amor à profissão e compromisso com a formação dos estudantes exemplificam a importância do magistério para o desenvolvimento da sociedade.
Lecionando a disciplina de matemática para estudantes do ensino fundamental na escola estadual Barão do Rio Branco, localizada no centro de Manaus, a professora Amanda Silva, 38, é um dos exemplos do compromisso assumido com a formação de dezenas de crianças. Para ela, atuar no magistério concretiza a realização de um sonho.
“Sou da época em que os professores optavam pela carreira do magistério já no ensino médio. Essa decisão eu tomei na minha juventude quando estudei juntamente com meus irmãos no Instituto de Educação do Amazonas (IEA). No primeiro ano de formação em magistério, descobri que era aquilo que eu queria e me sentia importante quando as crianças me perguntavam algo e eu conseguia ajudá-las. A possibilidade de exercer a profissão passou a ser o meu sonho e um dos meus ideais de vida”, revelou professora Amanda.
De acordo com ela, no contexto atual da modernidade, lecionar é uma missão árdua, cujos objetivos só são alcançados com a participação das famílias. “É preciso haver uma integração entre família e escola. Esse, acredito, é um dos maiores desafios da docência. Quando a formação dos filhos não é colocada em segundo plano, obtemos sucesso em nossos objetivos educacionais”, mencionou a professora.
Desenvolvendo na escola estadual Barão do Rio Branco o projeto “Matemática Lúdica”, Amanda Silva mencionou que, acima de tudo, ser professor é ser um eterno aprendiz. “No magistério somos esternos estudantes, aprendendo coisas novas todos os dias no convívio com os nossos alunos”, concluiu.
Vocação
Lecionando a disciplina de Língua Portuguesa na escola estadual Carvalho Leal, localizada no bairro Cachoeirinha, em Manaus – mesma escola em que foi alfabetizada – para a professora Soraya Freire, 45, lecionar é uma vocação. “Fui criada por uma mãe professora que atuou na área por 30 anos. Observando o comprometimento de minha mãe busquei nela a inspiração para o meu ofício”, contou.
[caption id="attachment_8303" align="aligncenter" width="500"] Para a professora Soraya Freire, que atua na escola estadual Carvalho Leal, em Manaus, o magistério é vocação.[/caption]
Destacada mais de uma vez nacionalmente pelo prêmio “Professores do Brasil”, Soraya Freire desenvolve projetos diversos focados no favorecimento ao hábito da leitura. Para ela é preciso ter vocação para a profissão. “Infelizmente muitos vêem a profissão como um emprego alternativo, no entanto, é necessário encará-la como uma missão social. Assim, a escola passará a ser encarada como instrumento facilitador do efetivo desenvolvimento de crianças, jovens e adultos”, apontou.
Compromisso
Lecionando no município de Parintins (distante 369 quilômetros de Manaus), Valter Pereira de Menezes, 45, vencedor da edição de 2015 do prêmio “Educador Nota Dez”, promovido pela Fundação Victor Civita, diz que para ser professor é necessário comprometimento com a formação e o futuro dos alunos. “Os professores devem ter como foco não somente a remuneração salarial, mas sobretudo a formação de seus alunos”.
Sobre os novos desafios da profissão, Valter Menezes, apontou que dificuldades culturalmente sempre existiram, mas que cabe aos docentes buscar novas formas de ensinar. “Tudo se torna mais fácil quando o professor se prontificar a dialogar com os alunos e buscar conhecer a realidade em que estão inseridos. Mais do que um desafio, isto é uma necessidade para alcançarmos nossos objetivos enquanto educadores”, citou.
[caption id="attachment_8304" align="aligncenter" width="500"] Para o professor Valter Menezes, que atua em Parintins, um dos principais desafios do educador é conhecer a realidade de seus alunos.[/caption]
Segundo a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a rede pública estadual de educação do Amazonas conta com conta com 26.169 matrículas de professores em sua lotação, sendo 11.485 em Manaus e 14.684 no interior. Das 26.169 matrículas, 16.834 (64,32%) são de professoras e 9.335 (35,68%) de professores.