Estudantes e servidores da educação participam de mobilização contra a exploração sexual de crianças e adolescentes
Visando sensibilizar a população para o combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, o Governo do Estado, em parceria com as Secretarias de Estado de Educação (Seduc), de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), de Assistência Social (Seas), entre outras instituições, promoveu nesta segunda-feira, 18, uma caminhada pelas ruas do centro da cidade, contando com a participação de estudantes, servidores públicos estaduais e comunitários.
Com o tema “Esquecer é permitir. Lembrar é combater”, esta é a 14ª edição da Campanha de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, promovida pelo Governo do Estado, que teve início no último sábado (16), com caminhadas, panfletagem, bandeiraços e flash mob (dança sincronizada), culminando com uma grande passeata nesta segunda-feira, 18 de maio, dia em que se comemora, em todo o país, a luta contra a violência sexual infanto-juvenil.
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc), adepta da campanha, mobilizou seus servidores públicos para participarem da ação, além de promover, nas escolas da rede estadual, diversas atividades pedagógicas, a fim de alertar os estudantes sobre o assunto.
A gerente de Programas, Projetos e Atendimento ao Escolar da Seduc, Adriana Boh, destacou a significativa participação da Seduc na ação social. “A campanha busca informar e trabalhar com a prevenção do abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes e a Seduc faz parte dessa ação. Desde a última semana, temos mobilizado nossos servidores e, principalmente, nossos alunos, com atividades pedagógicas que sensibilizem e minimizem os impactos desse ato criminoso”, ressaltou Adriana.
A concentração da caminhada, que aconteceu na orla do Largo Mestre Chico (zona sul), seguindo até o Mercado Adolpho Lisboa, contou com a presença do governador do Amazonas, José Melo e da primeira-dama do Estado, Edilene Gomes.
De acordo com o governador, essa enorme mobilização é fundamental para o combate efetivo dessa questão social. “Existe todo um trabalho não só nas escolas, mas também no sistema de segurança pública e secretarias da área social a fim de minimizar esse problema. Para que isso tenha efeito, não precisa apenas de políticas públicas, é preciso haver uma mobilização nacional, já que esse é um problema cuja origem está também na questão social. A parceria de todos esses órgãos certamente possibilitará que possamos combater de forma mais eficaz essa questão da exploração e abuso de nossas crianças e adolescentes”, afirmou José Melo.
Educação
A gestora da escola estadual de Tempo Integral Djalma Batista, Benedita Monteiro, falou sobre a participação efetiva dos estudantes na mobilização. “Em nossa escola, temos desenvolvido atividades pedagógicas, buscando alertar nossos alunos sobre essa questão da exploração sexual de menores, informando que é primordial não se calar diante desse ato criminoso. Hoje, contamos com a participação de mais de 300 estudantes nessa caminhada e é importante reforçar que iremos continuar com nossas atividades para garantir um combate efetivo a essa questão”, comentou a gestora.
O estudante do ensino médio da escola Djalma Batista, Fabiano Sales, 15, também destacou a importância da ação. “Considero muito importante essa iniciativa, pois é fundamental que esse alerta chegue a toda a sociedade e que o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes seja uma atitude diária da sociedade”, mencionou o aluno, ao afirmar que na sua escola, estão sendo organizadas atividades que possibilitam aos estudantes serem disseminadores dessas informações.
18 de Maio
Instituído pela Lei Federal nº. 9.970/2000, o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes marca a luta contra a violência sexual infanto-juvenil e relembra o episódio ocorrido em 1973, no qual uma menina de 8 anos foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada no Espírito Santo. Seu corpo apareceu seis dias depois, carbonizado e os seus agressores, jovens de classe média alta, nunca foram punidos.