MEC avalia implementação do programa ‘Escola da Terra’ em unidades de ensino do Amazonas
Desde abril as escolas da rede municipal de 18 cidades do Amazonas adotaram o programa ‘Escola da Terra’ do Governo Federal. Viabilizado pela parceria entre Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e secretarias municipais, o programa passa por avaliação do Ministério da Educação e Cultura (MEC).
Seis escolas localizadas nos municípios de Manacapuru e Presidente Figueiredo, distante, respectivamente, 84 km e 130 km de Manaus, receberam a visita de representantes da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério.
Para a representante do MEC, professora Lúcia Helena Menezes, as visitas, baseadas em encontros e conversas com professores e alunos de escolas multiseriadas do campo, serviram para avaliar o programa. Nos encontros, alunos e professores puderam apresentar propostas e avaliar o programa durante a visita do MEC.
O programa ‘Escola da Terra’ tem como objetivo principal colaborar com a formação continuada de professores que trabalham em escolas rurais com turmas de ensino fundamental multisseriadas. O programa também contribui com a qualificação dos docentes fornecendo recursos didáticos e pedagógicos que atendam as especificidades formativas das populações do campo e quilombolas.
As escolas multiseriadas, onde um mesmo docente atende estudantes de diferentes idades em uma mesma turma, existem, principalmente, na educação rural brasileira e por isso são alvo do programa.
Avaliação - A visita ao Amazonas, segundo Lúcia Helena, dá ao Governo Federal a oportunidade de conhecer o que desejam e como vivem os envolvidos com o programa. “Só conhecendo nós vamos saber o que precisa ser feito e, principalmente, se estão seguindo o que o programa propõe que é fazer com que as escolas correspondam às expectativas de suas comunidades”, ressaltou.
A Seduc tem a missão de coordenar o programa junto às secretarias municipais de cada cidade do interior. Segundo a coordenadora estadual do ‘Escola da Terra’, Silmar Ferreira, o Amazonas é um dos estados mais avançados nas formações de professores para atender o modelo. “Nenhum estado terminou a implementação do programa, mas nós temos informação de que somos um dos mais avançados e isso é satisfatório”, destacou.
Do ciclo de seis etapas de formação que devem ser realizadas com os professores, o Amazonas já finalizou a quarta, em setembro.
Representante da Ufam e coordenadora pedagógica, Heloísa Borges, também participou das visitas às escolas de Manacapuru. Responsável pela elaboração da proposta de trabalho, a professora ressaltou a importância da visita do MEC. “É importante porque eles estão vendo a nossa realidade, com todas as dificuldades e necessidades de transformar o que elaboramos em aprendizado para as crianças do campo”, pontuou. Para ela, que já considera o primeiro ano do programa um sucesso, as escolas multiseriadas conseguiram alcançar melhorias significativas com o programa. “A realidade do aluno do campo é outra, nós precisamos adequar a escola a essa realidade e fazer com que a educação para ele seja algo próximo”, relatou. Capacitação – A Seduc, em parceria com a Ufam, capacitou de 1,5 mil professores para atuarem no programa nas 18 cidades do Amazonas, sendo eles: Autazes, Boca do Acre, Borba, Caapiranga, Careiro da Várzea, Coari, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Manaus, Manicoré, Maraã, Maués, Nova Olinda do Norte, Novo Aripuanã, Parintins, Presidente Figueiredo e Tefé. Ação Nacional – O programa Escola da Terra é desenvolvido em todo o território nacional sendo coordenado pelo Ministério da Educação (MEC). O programa é uma das linhas de atuação da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi/MEC) e integra o Programa Nacional de Educação do Campo.