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Estudantes do IEA analisam os impactos socioambientais ocasionados pela enchente no Amazonas

Após vários meses de trabalhos que incluiu pesquisa de campo em áreas alagadas de Manaus, os estudantes do ensino fundamental do Instituto de Educação do Amazonas (IEA) apresentaram nesta semana os resultados do projeto “Fenômenos da enchente e impactos socioambientais”. Organizado pelos professores e equipe pedagógica da instituição, o projeto de pesquisa suscitou nos alunos uma reflexão sobre o impacto da ação do homem em relação ao meio ambiente, aprimorando o conhecimento dos mais jovens a partir da observação da realidade amazônica.
 
A exposição dos trabalhos foi realizada no salão nobre do IEA, onde os alunos apresentaram um panorama geral dos principais problemas ocasionados pela recente cheia dos rios no Amazonas por meio de peças teatrais, apresentação de vídeos, realização de jograis e exposição de slides.

De acordo com um dos organizadores do projeto, professor Marcelo Soares, foram meses de organização e pesquisa envolvendo as turmas de ensino fundamental da escola. “Por conta da cheia histórica que vivenciamos em nossa região, levamos os nossos estudantes a analisar os impactos ambientais a fim de sensibilizá-los para um cuidado maior para com o meio-ambiente, resguardando assim o espaço da Amazônia para gerações futuras. Durante o projeto envolvemos os alunos de forma real, coordenando visitas monitoradas a locais alagados e conhecendo na prática a realidade de nossa região”, explicou o professor, acrescentando que o resultado desta experiência de pesquisa foi organizado por meio de uma mostra sociocultural. 
 
De maneira criativa procurando envolver com eficácia as crianças e os pré-adolescentes no evento de exposição dos trabalhos, a escola organizou algumas apresentações teatrais, como a dos alunos do 7º ano, que retratou metaforicamente como alguns itens do folclore regional – tais como ‘Yara’, ‘Cobra-grande’ e ‘Boto cor-de-rosa’ – sentiriam os impactos da enchente. Chamando a atenção dos presentes, a peça foi dirigida pela professora de Artes, Leneide Dabela e encenada por doze alunos.
 
Exaltando a necessidade de ações sustentáveis, a ornamentação e indumentárias da peça teatral foram produzidas com materiais recicláveis. “As roupas e o cenário foram feitos com esponjas, garrafas pet e outros itens. Dessa forma, os alunos perceberam que o que seria lixo, pode ser reaproveitado”, contou o professor Amarildo Amazonas.
 
De acordo com a gestora da escola, Shirlei Souza, o projeto foi realizado de forma interdisciplinar, contando com a participação direta de todos os professores da escola. “Foi um trabalho grandioso que serviu para encerrar as atividades do 2º bimestre letivo e no qual toda a comunidade escolar esteve envolvida”, disse. 
 
Participando da peça, atuando como a personagem folclórica ‘Yara’, a aluna Bárbara Beatriz, que estuda no 7º ano do ensino fundamental, contou que a participação no projeto foi marcante. “Os professores nos levaram para conhecer lugares onde a enchente prejudicou as pessoas e ocasionou muitos prejuízos. Verificamos, dentre tantas coisas, que o acúmulo de lixo poderia ter sido evitado. Além de discutirmos isso em sala de aula, organizamos a peça teatral para divulgar a mensagem de preservação e cuidado com a natureza”.
 
Durante o trabalho de exposição, os alunos também apresentaram relatos das visitas aos locais afetados pela cheia e apresentaram dados estatísticos sobre sustentabilidade, clima, vegetação e sobre os níveis atingidos pelo Rio Negro, que neste ano, conforme dados oficiais do Serviço Geológico Brasileiro chegou à marca histórica de 29,87m.

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