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Estudantes surdos da rede estadual têm sessão de filmes produzido em Libras

Estudantes surdos da rede estadual têm sessão de filmes produzido em Libras 

 

Alunos da EE Augusto Carneiro puderam acompanhar os episódios que mostram a cultura e belezas do estado

O curta-metragem “Amazonas em Libras”, produzido com a proposta de utilizar de forma integral a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como principal meio de comunicação, foi apresentado aos alunos da Escola Estadual Augusto Carneiro, nesta segunda-feira (06/12). A unidade é voltada a estudantes surdos.  O projeto audiovisual retrata a cultura amazônica por meio de pontos turísticos, culinária e expressões populares e visa ainda dar protagonismo à Libras, buscando a autonomia e a interatividade da comunidade surda. 

Foto - Eduardo Cavalcante (2)

Mesmo com legenda e narração em português para que o público ouvinte acompanhe a programação, a websérie foi apresentada em Libras a fim de dar foco à linguagem de sinais.  O estudante Gabriel Braga falou sobre a importância de ter acesso a conteúdos como esse: “Nunca fui nesses lugares, quero aprender e visitar um desses locais, como teatro, que não tinha informações sobre valores e horário”, disse.  O audiovisual conta com quatro episódios: Roteiro Gastronômico (Mercado Municipal, Feira Manaus Moderna e Culinária típica); Patrimônio Cultural (Teatro Amazonas, Centro Histórico e Folclore); Roteiro Turístico, Praias e Flutuantes, e Roteiro Turístico (Musa e Presidente Figueiredo.

Foto - Eduardo Cavalcante (12)

“Pela primeira vez, o documentário é sobre o Amazonas e tem muitos locais que eu não conheço, como a praia da Ponta Negra, que nunca cheguei a frequentar. Além disso, eu gostei muito da parte verde, das comidas típicas, então o documentário foi muito acessível”, explicou o aluno Flávio Ferreira.  Inclusão - A jornalista Natália Lucas, idealizadora do projeto, explica que a comunidade surda, diante da cultura ouvinte, está sempre representada em segundo plano, e o curta-metragem vem para dar visibilidade à linguagem de sinais.  “Hoje mesmo, após a exibição, nós pudemos perceber que havia alguns sinais que os alunos desconheciam, exatamente pela baixa acessibilidade e por isso mesmo contemplando o público ouvinte. O foco principal é voltado ao surdo que hoje não tem acesso a esse filtro”, explicou a jornalista.

Foto - Eduardo Cavalcante (13)

O diretor da websérie e ex-aluno da EE Augusto Carneiro, Ednilton Barreto, contou que buscou priorizar a comunidade surda durante todo o processo de filmagem do curta. “Nós tivemos o meu apoio, com toda a minha visão. Adaptamos a comunicação para a Língua de Sinais, porque eu sei que o texto em português é diferente de algumas definições da linguagem de sinais, ou seja, nós tivemos todo um trabalho de tradução e interpretação para adequar os termos da Língua Portuguesa para a Língua de Sinais”, explanou. A exibição do filme teve, ainda, o apoio do tradutor Andrei Severiano, que ficou responsável por mediar a comunicação dos ouvintes com os alunos surdos.   Fotos: Eduardo Cavalcante / Seduc-AM   
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