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“Muitos ainda têm uma visão errônea, achando que Artes é menos importante”

No mundo contemporâneo são muitos os desafios do professor, onde um deles é a falta de interesse dos alunos no qual acabam refletindo no comportamento e a consequência disso acaba por apresentar posturas inadequadas na sala de aula, ou ainda aparecer em forma de desrespeitar o patrimônio escolar. As escolas sofrem todos os anos com pichações, carteiras quebradas, maçanetas e portas danificadas, paredes riscadas, lixo espalhado pela sala, entre outras formas de depredação que causam prejuízo ao ambiente escolar, à vida de alunos e professores. Com o pensamento de transformar essa visão ruim em algo bom, o professor Francisco Jayme, de 30 anos, quis modificar essa ideia e transformá-la em arte. O amazonense, natural de Tefé, e professor da disciplina de Arte na Escola Estadual de Tempo Integral Bilíngue Professor Djalma da Cunha Batista, localizado no bairro Japiim, Zona Sul de Manaus, não só quis mudar a mente de seus alunos para reflexão, como apresentou o projeto “A Expressão Artística Graffiti e sua Contribuição para a Aprendizagem dos Alunos e Conservação do Patrimônio Escolar”. O projeto busca aumentar o nível de conscientização dos alunos para um ambiente escolar organizado, limpo e agradável, além de trabalhar conceitos de cidadania e valorização da vida em prol do coletivo da interação social de modo que todos se sintam responsáveis e parte fundamental na mudança, tornando o ambiente escolar saudável a todos. Estimulando os alunos a se tornarem sujeitos ativos e atuantes, fazendo com que repensem e revejam suas posturas e atitudes em relação ao um convívio harmonioso com a comunidade escolar e conscientizando-os da importância de conservar o patrimônio público. Dentro deste contexto, a expressão artística utilizada é o graffiti por dois motivos: primeiro por se diferenciar do vandalismo e segundo por ser mais livre para explorar diversos temas, além de emitir e expressar opiniões. Mas diferente do graffiti urbano (que é feito em muros, fachadas...) os desenhos são feitos no papel A4, com o eixo temático “conscientização”. Estes trabalhos artísticos dos alunos buscam expressar suas opiniões sobre os seguintes temas: violência contra a mulher, crianças e adolescentes; discriminação racial; preservação do meio ambiente e do patrimônio escolar; combate às drogas, entre outros. Esses temas impactam de maneira positiva, pois levam à reflexão, debate e buscam a harmonia com o próximo. A prática do desenho exige concentração, estimula a criatividade e a percepção, além de aguçar a sensibilidade em muitos aspectos. Essa “conscientização através da arte” tornando-se prazerosa para os alunos quando eles aprendem de forma lúdica e prática, entendendo ainda como ocorre todo o processo de construção nas artes, relacionando a realidade, a teoria e a prática. Este trabalho contempla uma busca por conhecimento cientifico, verificando certas problemáticas e trazendo-as para a realidade escolar, de modo a melhorar ou investigar para o aprimoramento das práxis pedagógicas visando soluções cotidianas como, por exemplo, nos desenhos (estilo graffiti). O ponto focal do projeto é a aprendizagem e desenvolvimento dos alunos, de modo que essa educação estética e patrimonial possa corroborar no aspecto interdisciplinar e transdisciplinar (holística) na formação cidadã desses alunos. Utilizando a arte como ferramenta para conscientização de maneira informativa, formativa, reflexiva e sensibilizadora para aquisição de conhecimentos, assim contribuindo e influenciando na construção de saberes e consequentemente auxiliando o processo de ensino-aprendizagem. O projeto foi implantado na escola em 2016, onde o professor tem colhido bons resultados, e buscando bons frutos de conhecimento para os alunos. “Visando mudar a impressão que a disciplina de artes é somente desenho, ou ainda, que o professor de artes é aquele que aparece somente para decorar painéis e murais, muitos ainda têm uma visão errônea achando que artes é menos importante, porém isso foi no passado. O nosso mundo contemporâneo e a pedagogia atual buscam abordagens holísticas e transdisciplinares trazendo ao aluno uma consciência essencial para que os mesmos sejam cidadãos que possam fazer a diferença no futuro”, disse o professor Francisco Jayme. O futuro depende de cada um de nós, contudo a mudança pode partir de uma pequena ou grande ideia que pode mudar o mundo e pensamentos de pessoas.
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