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Com exposições e apresentações culturais, SEDUC realiza mostra dedicada ao Mês dos Povos Indígenas

Exposições de artesanato, culinária, medicina tropical, pintura corporal, danças, apresentações musicais, literatura e práticas pedagógicas. Dessa forma a Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (SEDUC) por meio de seu Departamento de Políticas e Programas Educacionais (Deppe) e sua Gerência de Educação Escolar Indígena encerrou nesta quarta-feira (26), a programação dedicada ao Mês dos Povos Indígenas. As ações da Secretaria têm o objetivo de propor uma reflexão sobre a importância da cultura indígena que, ao longo do processo histórico, tem proporcionado às diferentes sociedades um contato mais próximo com a diversidade existente no Amazonas. A programação de encerramento aconteceu na sede da SEDUC, no bairro Japiim 2, Zona Sul de Manaus, e contou com a participação dos grupos indígenas Kâkite Kinaoakori (Povo Aripuanã e Sateré-Mawé) e Akim (Povo Kokama e Mura), que dividiram com os servidores da Secretaria um pouco de seus costumes, rituais, pinturas corporais características, entre outros aspectos de sua cultura. [caption id="attachment_12623" align="aligncenter" width="600"]_MG_9092 Diversos produtos estavam em exposição durante as apresentações culturais em alusão ao Mês dos Povos Indígenas (Foto: Eduardo Cavalcante/SEDUC)[/caption] Neste ano, o evento teve como tema central “Mostra viva da cultura indígena do Amazonas” e é uma ação da SEDUC por meio da Gerência de Educação Escolar Indígena, que tem como missão assegurar às populações indígenas condições de acesso e permanência na escola. O objetivo é executar a Política de Educação Escolar Indígena específica, diferenciada, multilíngue e intercultural nos Territórios Etnoeducacionais. Identidade Cultural Participando do evento desta quarta-feira (26), a representante do povo indígena “Apurinã”, a cacique Xytara Apurinã, conta ainda que só depois de adulta descobriu que era indígena e, desde então, passou a resgatar a sua identidade cultural. “Meu pai me enviou para Manaus para que eu estudasse e depois de adulta, descobri que pertencia ao grupo indígena Apurinã. Desde então, passei a resgatar a minha identidade cultural e hoje sou cacique. Temos um espaço cultural no Conjunto Cidadão 12 que busca preservar a cultura do nosso povo nos dias atuais, especialmente a língua Apurinã”, explicou. Segundo ela, eventos como esse são muitos importantes para que a sociedade perceba que a cultura do povo indígena ainda está viva na atual sociedade. “Trouxemos um pouco da nossa cultura aqui hoje para mostrar aos ‘homens e mulheres brancos’ que apesar de morarmos na cidade, a nossa cultura ainda está viva e nós não esquecemos as nossas raízes, de onde viemos. Não queremos morrer, não queremos deixar que a nossa cultura acabe, pois com o tempo, muitos povos vão perdendo sua língua, deixando de cantar, de dançar e nós não. O povo Apurinã está sempre mantendo viva as nossas raízes”, afirmou Xytara. Também presente no evento, a professora Ynkysy, que ministra aulas no Espaço Cultural Wainhamary, que funciona no Conjunto Cidadão 12, na Zona Norte de Manaus, também falou sobre a importância da participação do grupo no evento organizado pela SEDUC. “É muito importante para nós compartilhar um pouco da nossa cultura, mostrando nossos valores e afirmando que nossa cultura continua viva”, afirmou.          
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