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Alunos e ex-alunos realizam bela apresentação no 7º Sarau do Instituto de Educação do Amazonas (IEA)

 

Mário Quintana, Thiago de Mello, Coca Coralina, Manuel Bandeiras, Cecília Meireles, entre outros poetas tiveram sua obras grandiosamente declamada por alunos e ex-aluno da Escola Estadual de Tempo Integral Instituto de Educação do Amazonas durante o 7º Sarau Literário, apresentado no Teatro Gebes Medeiros, no Centro, durante a manhã desta quinta-feira, 29.

Com a lotação máxima do teatro devidamente preenchida por alunos, professores e convidados, o resultado de meses de ensaios foi recompensado com  um espetáculo grandioso, revelando jovens talentos “IEAnos”.

[caption id="attachment_10925" align="aligncenter" width="600"]IMG_8908 Teatro Gebes Medeiros estava completamente lotado por alunos, professores e convidados para o 7º Sarau Literário (Foto: Eduardo Cavalcante/Asscom SEDUC)[/caption]

Ex-aluno

O jovem William Marinho, 18, apesar de ter finalizado o Ensino Médio ano passado, foi convidado pela coordenadora do projeto, Marla Liuba de Oliveira Barbosa, a participar do Sarau Literário. E ele não deixou a desejar. Os três poemas que ele declamou, “Poetas”, de Florbela Espanca; “Não há vagas”, de Ferreira Goulart; e “invernáculo”, de Paulo Leminski, arrancou aplausos de todos devido a emoção que ele  passou ao público.”O Sarau é emocionante. Não foi muito difícil, porque a gente já tem uma convivência com os poemas no decorrer dos anos. O poema é praticamente parte da nossa vida”, ressaltou William, ao acrescentar que este é o quarto ano que ele participa do evento.

[caption id="attachment_10928" align="aligncenter" width="600"]IMG_8920 William Marinho, 18, é ex-aluno do IEA e recebeu o convite para participar do evento (Foto: Eduardo Cavalcante/Asscom SEDUC)[/caption]

William explica que a interpretação dos poemas acontece conforme ele vai recitando. “O (poema) Não há vagas, é um poema de crítica, quando fala, sente raiva, ódio. O Poetas, é um poema mais calmo, brando, fala do que ela (autora) está sentindo naquele momento”, enfatizou.

Os Estatutos do Homem

A estudante Rafaela Martins Cruz, 17,  declamou com muito entusiasmo e convicção o poema "Os Estatutos do Homem", de Thiago de Mello. Durante dois meses ela se dedicou a decorar e interpretar os 14 artigos da poesia e emocionou a todos com sua interpretação.

[caption id="attachment_10931" align="aligncenter" width="600"]IMG_8971 Com muita firmeza e convicção, a estudante Rafaela Martins, 17, declamou os 14 artigos da poesia 'Os Estatutos do Homem', de Thiago de Mello (Foto: Eduardo Cavalcante/Asscom SEDUC)[/caption]

“Para sentir a poesia, a gente tem que ter um tempo com o poema, por isso que a professora  entrega com meses de antecedência para termos uma conexão com o poema. Na hora, é fruto do ensaio, está interno e as emoções são consequências disso”, destacou a jovem, que cursa o terceiro ano do Ensino Médio e participa da Sarau pela terceira vez. Ela também declarou com maestria o poema "Saber viver", de Cora Coralina.

Voz e violão

Com apenas 15 anos de idade, a jovem Rebeca Fernandes, impressionou com sua voz e firmeza durante as quatro músicas que ela cantou. No repertório, estavam clássicos da música popular brasileira e amazonense: “Olhos coloridos” (Sandra de Sá); “Tempo perdido” (Legião Urbana); “A paz” (Gilberto Gil); e “Porto de Lenha” (Raízes Caboclas)

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Acostumada com os “holofotes”, Rebeca conta que é cantora gospel, mas afirma que ficou nervosa, devido o teatro estar lotado. “Sempre dá um friozinho na barriga, é inevitável porque tinha muita gente e também porque é a primeira vez que participo do Sarau. Foi uma experiência ótima”, enfatizou a aluna, que cursa o 1º ano do Ensino Médio.

Projeto e sonho

Coordenadora do projeto desde o início, Marla Liuba destaca que desde o princípio, o Sarau surgiu para atender a necessidade de se fazer projetos em escola de tempo integral, vinculados à Secretaria de Estado da Educação e Qualidade do Ensino (SEDUC). No IEA, ela encontrou alunos animados e dispostos a fazer o trabalho acontecer. Marla acrescenta que a satisfação de estar com os jovens é gratificante. “Eles são alegres, participam das atividades e com isso revigora a convicção de que é pela educação que vamos conseguir sermos os melhores. Temos vários talentos aqui”, declarou.

Marla também ressalta que a cada ano o Sarau cresce e com isso toma rumos e dimensões que a faz sentir a necessidade da ousar na próxima edição do evento, em 2017. “Tenho vontade de levar os alunos para a rua, para fazer apresentações públicas. Será um grande desafio, mas ainda não tenho essa força para enfrentar”, confessou. Mas de depender da gestora do IEA, Shirley Maria Vieira de Souza, o próximo Sarau será no Teatro Amazonas.

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