Com a participação de representantes da Seduc Amazonas, nova versão da Base Nacional Comum Curricular é apresentada à sociedade
Foi apresentada, na última terça-feira (3), em Brasília-DF, a segunda versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O documento estabelece conhecimentos essenciais que os alunos brasileiros deverão ter durante as etapas da educação básica.
A versão mais recente do documento foi apresentada à sociedade, na sede do Conselho Nacional de Educação (CNE) em cerimônia e coletiva para imprensa com a participação do Ministro da Educação, Aloízio Mercadante e do secretário de Estado de Educação do Amazonas e vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed), Rossieli Soares da Silva.
O Amazonas foi um dos Estados que mais contribuiu enviando sugestões à proposta da BNCC no período da consulta pública. No evento em Brasília, o secretário da Seduc Amazonas, Rossieli Silva, informou que a primeira versão do documento foi fundamental para o debate sobre os rumos da educação no país. “A primeira versão foi muito importante porque recebeu muitas críticas e através delas chegamos a um documento muito mais forte e com a cara da sociedade brasileira”, afirmou.
A segunda versão do documento traz mudanças nas áreas de História e Língua Portuguesa.
Em História, houve a inclusão de temas de História Ocidental e demais elementos de estudo. Em Língua Portuguesa os objetivos de aprendizagem foram melhor definidos, assim como reforço ao ensino de gramática.
A segunda versão do documento foi elaborada de acordo com sugestões à primeira versão preliminar.
Contribuição amazonense
O documento foi elaborado por 116 especialistas de todo o país. No Amazonas, os professores da Seduc, Eriberto Façanha especialista da BNCC na área de Matemática, o professor Francisco Palheta especialista no componente de Ensino Religioso e o professor Maurício Brito, especialista em Ciências da Natureza, componente Química contribuíram para a elaboração da segunda versão do documento. A professora da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Edilza Laray também foi uma das especialistas a compor a segunda versão da BNCC.
Eriberto Façanha disse que a disciplina trouxe algumas novidades nessa nova versão do documento e que o objetivo é de fazer com que os alunos gostem da matemática.
“Pretendemos deixar a disciplina mais prazerosa para os alunos e trabalhar o essencial também da matemática na educação básica. A ideia é que os objetivos de aprendizagem metodologias ou conteúdos que os alunos possam memorizar, mas sim fazer com que o possam utilizar o raciocínio lógico matemático e a lógica matemática para que desenvolvam a partir desse ponto de vista um pensamento matemático em relação à resolução de problemas matemáticos. Fizemos realmente uma reformulação e uma reestruturação da área de conhecimento e componente curricular matemática, além disso, pretendemos inovar na matemática para os alunos terem mais prazer ao estudar a matemática”, disse.
O professor Maurício Brito falou das contribuições para a elaboração da segunda versão na área das Ciências da Natureza. “As contribuições vieram de pessoas com conhecimento na área e focamos no que queríamos incluir na base. Os conteúdos escritos se refere o que temos de atual, inovação para a melhoria da área de ensino que venha beneficiar tanto professor quanto aluno”, contou.
O professor Francisco Palheta, especialista na área do Ensino Religioso, ressaltou que o Ensino Religioso, na nova versão, trabalharia como componente curricular de forma não convencional, mas que apresentaria todas as diversidades do ensino religioso.
“Na segunda versão o Ensino Religioso vem como área do conhecimento e como componente curricular da educação básica para atender a legislação nacional e as diretrizes curriculares nacionais para a educação básica que já apresenta o ensino religioso como componente curricular.
O ensino religioso, trabalhado na base nacional comum, seguindo a legislação nacional, é de cunho obrigatório para a oferta do sistema de ensino e facultativo para a matrícula do estudante, tendo como objetivo principal, apresentar os conhecimentos religiosos a partir da escola embasado na ciência da religião e atender sempre a diversidade e cultural religiosa brasileira”, disse.
Consulta pública
A Base Nacional Comum Curricular vem sendo trabalhada desde junho de 2015, a primeira versão preliminar do documento foi apresentada no dia 16 de setembro, em que ficou disponível para o envio de sugestões desde setembro de 2015 até o dia 15 de março. Mais de 12.226.510 milhões de sugestões foram enviadas para o portal da Base Nacional Comum (http://basenacionalcomum.mec.gov.br).
O Amazonas foi o segundo estado da região norte que mais contribuiu com o envio de sugestões.