Governador José Melo reinaugura escola de Tempo Integral no bairro Educandos
O governador do Amazonas, José Melo, reinaugurou nesta quarta-feira, 11, a escola estadual de Tempo Integral Machado de Assis, localizada no bairro Educandos, zona sul. A escola, que é uma das 45 unidades de ensino de tempo integral gerenciadas pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), foi totalmente reestruturada para melhorar o atendimento à comunidade escolar.
A unidade atende 300 estudantes matriculados na modalidade de ensino fundamental (1º ao 5º ano). A reforma contemplou a ampliação do número, passando para 15, a ampliação estrutural dos laboratórios de informática e ciência, além da reformulação do espaço para recreação e adaptação dos banheiros como forma de melhorar a acessibilidade de pessoas com deficiência.
Ao visitar as dependências da escola e conversar com os estudantes, José Melo ressaltou a importância do apoio familiar na formação educacional e lembrou o exemplo de sua mãe, Osmarina, que impunha aos filhos duas horas de estudos em casa. “Se ela não fizesse isso, eu não seria um vencedor, pois meu pai era seringueiro e quando veio para Manaus criou os filhos com um tabuleiro de frutas que vendia para garantir nosso sustento”, lembrou.
Para o secretário de Estado de Educação, Rossieli Soares da Silva, a escola integra todos os recursos necessários para o bom desenvolvimento educacional. “Seguindo o mesmo conceito estético de outras unidades de ensino já reinauguradas, a Escola Machado de Assis é mais um exemplo de empenho do Governo do Estado na melhoria da qualidade de ensino na capital e no interior do Amazonas em um trabalho coordenado pelo governador José Melo”, disse.
A escola pertence à Coordenadoria Distrital 2 da Seduc e tem como gestora a professora Maria Edna Vital que coordena 40 servidores.
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[Saiba Mais - Conheça a história do Patrono da Escola]
A instituição tem como patrono Machado de Assis, um dos maiores expoentes da literatura brasileira.Joaquim Maria Machado de Assis nasceu pobre e epilético. Era filho de Francisco José Machado de Assis e de Leopoldina Machado de Assis, neto de escravos alforriados. Foi criado no morro do Livramento, no Rio de Janeiro. Ajudava a família como podia, não tendo frequentado regularmente a escola.
Aos 16 anos empregou-se como aprendiz numa tipografia e publicou os primeiros versos no jornal “A Marmota”. Em 1860, foi convidado por Quintino Bocaiúva para colaborar no “Diário do Rio de Janeiro”. Datam dessa década quase todas as suas comédias teatrais e o livro de poemas “Crisálidas”.
Na década de 1870, Machado publicou os poemas “Falenas” e “Americanas”; além dos “Contos Fluminenses” e “Histórias da meia-noite”. O público e a crítica consagraram seus méritos de escritor. Publicou os romances: “Ressurreição” (1872); “A Mão e a Luva” (1874); “Helena” (1876); “Iaiá Garcia” (1878).
Na década de 1880, a obra de Machado de Assis sofreu uma verdadeira revolução, em termos de estilo e de conteúdo, inaugurando o Realismo na literatura brasileira. Os romances “Memórias póstumas de Brás Cubas” (1881); “Quincas Borba” (1891); “Dom Casmurro” (1899) e os contos “Papéis avulsos” (1882), dentre outros.
Em 1897, Machado fundou a Academia Brasileira de Letras, da qual foi o primeiro presidente. Em 1904, a morte de sua mulher foi um duro golpe para o escritor. Depois disso, raramente ele saía de casa e sua saúde foi piorando por causa da epilepsia. Os problemas nervosos e uma gagueira contribuíram ainda mais para o seu isolamento. São dessa época seus últimos romances “Esaú e Jacó” (1904) e “Memorial de Aires” (1908), que fecham o ciclo realista iniciado com “Brás Cubas”.
Machado de Assis morreu em sua casa situada na rua Cosme Velho. Foi decretado luto oficial no Rio de Janeiro e seu enterro, acompanhado por uma multidão, atesta o reconhecimento alcançado pelo autor. Fonte: Agecom/Asscom Seduc