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Em torneio de robótica, escolas públicas estaduais apresentam soluções para problemas ambientais amazônicos

As escolas estaduais Maria Ivone de Araújo Leite, Deputado Vital de Mendonça (de Itacoatiara) e Daisaku Ikeda (de Manaus) participaram na última semana do Torneio de Robótica First Lego League (FLL). Com o tema Nature’s Fury (Fúria da Natureza) o torneio foi realizado no Clube do Trabalhador Sesi em parceria com a organização sem fins lucrativos For Inspiration and Recognition of Science and Technology (First). Reunindo estudantes com faixa etária entre 9 e 15 anos, a competição educativa contou com um total de 19 equipes. No decorrer do torneio, tendo como base o tema “Fúria da Natureza” os alunos foram motivados a utilizar o conhecimento adquirido em sala de aula nas disciplinas de Exatas para desenvolver, por meio de projetos de robótica, soluções para desastres naturais, tais como: avalanche, terremoto, inundação, furacão, tempestade, tornado, tsunami, erupção vulcânica e incêndios (não iniciados por pessoas). Segundo a coordenadora do evento e gerente de educação do Sesi, Rita de Cássia Machado, o torneio teve como objetivo envolver crianças e jovens em atividades de robótica, favorecendo o conhecimento de Matemática e Física. Realidade Amazônica A estudante do 6º ano do ensino fundamental da escola Maria Ivone Leite, Érica Vitória Oliveira, 11 anos, juntamente com sua equipe, trouxe para o torneio o projeto “Casa Inteligente” cujo objetivo é ajudar comunidades ribeirinhas do interior do Amazonas que sofrem todos os anos com as enchentes dos rios. “Para solucionar esse problema a equipe resolveu fazer a ‘Casa Inteligente’ cuja estrutura é composta por motores potentes e vigas de aço com sensores, que comunicarão quando a água do rio se elevar e, através de sensor, a casa será erguida para que não seja alagada”, destacou a estudante. “O lixo no bairro Jardim Adriana” da escola Vital de Mendonça foi outro projeto apresentado na competição. De acordo com o coordenador do projeto, professor de Matemática e Física, Ademir Pinheiro, a iniciativa pode servir para prevenir males como a leptospirose e a diarréia que podem vir a surgir a partir do contato com a água contaminada. “Para realização do projeto a equipe visitou o bairro (em Itacoatiara), fez o registro fotográfico, conversou com representantes comunitários e viu o problema do acúmulo de lixo na ponte que corta o igarapé, sobretudo no período de enchente. O projeto prevê a limpeza do leito por onde a água passa” explicou. Para a estudante do 1º ano do ensino médio e integrante da equipe Vital de Mendonça, Milena Veiga, 15 anos, o interesse pela robótica foi despertado por conta da competição. “Levarei do projeto a experiência em conseguir uma solução para ajudar e conscientizar a população sobre o problema do lixo em decomposição. Além disso, me interessei pela robótica e no futuro quero me especializar na área”, disse. Já a escola estadual Daisaku Ikeda expôs o projeto “As inundações do igarapé do Novo Reino e afluentes do Mindu”. De acordo com o professor de Matemática e técnico da equipe, Jairo Guimarães Tavares, o objetivo do projeto é fazer a conscientização da população em não jogar o lixo nos igarapés. Antes da conscientização vem a educação da população, no qual a equipe realizou a entrega de panfletos e visitas no bairro Novo Reino (em Manaus) onde atuamos na limpeza dos igarapés, plantamos mudas no banco de areia e temos como meta a ampliação dos igarapés e a remoção da população de áreas de risco”, disse.
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