Alunos da rede pública estudam o funcionamento de componentes eletrônicos
Sob a coordenação do professor Moises Ricardo de Queiroz, mestrando em Matemática, os estudantes das turmas do 8º ano do ensino fundamental da escola estadual Daisaku Ikeda, zona Leste de Manaus, realizaram na última semana a I Feira de Ciências Integrada com Matemática. O evento teve como objetivo promover a divulgação dos conhecimentos da disciplina através da eletrônica analógica e digital.
A Feira envolveu os estudantes dos turnos matutino, vespertino e noturno e foi organizado de modo a apresentar a matemática de forma dinâmica e interdisciplinar.
Quem visitou a exposição teve a oportunidade de conhecer fundamentos práticos e trabalhos criativos sobre vários temas, dentre os quais: ‘Matemática na Eletrônica - Calculadora Binária’; ‘A Geometria e seus desafios com Eletrônica’, ‘Lógica Matemática com Eletrônica Digita’ e ‘Programação no Arduino - Semáforo Interativo’.
Segundo o professor Moises Queiroz, o evento, assim como os vários projetos desenvolvidos pela escola, buscou desmistificar a ideia de que a matemática é de difícil compreensão e pouco usual no dia-a-dia. “É muito comum ouvirmos dos alunos o quanto é difícil aprender Matemática. Essa afirmação nos traz algumas inquietações e nos leva a pensar em maneiras diferentes de ensinar”, disse o professor.
Estudantes e comunidade aprendem Matemática de maneira divertida e inusitada
Diante destas inquietações e em consonância com a concepção construtivista, professor Moises destaca que ao ensinar Matemática, professores dessa disciplina devem entender que o papel deles é ajudar ao aluno a identificar os conhecimentos matemáticos como meio para se compreender e transformar o mundo à sua volta.
“No contexto da educação Matemática, um problema, ainda que simples, pode suscitar o gosto pelo raciocínio lógico. Neste sentido, os problemas podem estimular a curiosidade do aluno e fazê-lo interessar-se pela Matemática”, destaca o professor.
Aprendizagem diferenciada
Aluno do 8º ano do ensino fundamental da escola estadual Daisaku Ikeda, Maxwel Alves, 16, disse que o interesse pela matemática aumentou e o retrospecto nas avaliações melhorou bastante depois que sua escola passou a usar da criatividade no processo de ensino. “Não gostava muito da disciplina de matemática, mas hoje é uma das que mais aprecio. Isso passou a acontecer a partir da aplicação de aulas criativas”, apontou.
Projetos escolares estimulam a curiosidade investigativa dos jovens.
A mesma opinião é compartilhada pela jovem Luiza Beatriz, 14, também estudante do 8º ano. “Em nossa escola, aprendemos de maneira divertida e assimilamos com mais facilidade os assuntos”, apontou.
Feira aborda diversos temas
Além dos conteúdos específicos de Matemática, a escola estadual Daisaku Ikeda diversificou o evento e abordou diversos temas, fazendo da feira uma exposição interdisciplinar.
Dentre os trabalhos apresentados, destacaram os de Arte, por meio do qual os alunos produziram quadros em mosaico e também uma exposição prática das atividades do projeto ‘Eureka’, que incentiva a prática e o estudo das Ciências no ensino fundamental.
Feira contemplou exposição do Projeto ‘Eureka’.
Segundo a gestora da escola, Irenilce Lasmar, os preparativos para a feira foram iniciados em março deste ano, estimulando a produção do conhecimento científico desde o ensino fundamental, o que gerou uma grande integração entre as turmas.